terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Da escrita ao Digital (por Luiz Otávio Tal)


A ecrita nasceu da necessidade que o homem tinha em desafiar a natureza. Desde sempre, ele procurava caminhos que o libertassem dos arreios impostos pelo ambiente natural. Assim, existe uma continuidade ligando o domínio do fogo, a invenção da lâmpada e o advento da televisão e do computador.

O digital, então, nada mais é do que uma evolução da escrita. Ao ler o receptor transpassa o texto a fim de torná-lo coerente à sua realidade, uma vez que o conteúdo textual tende a ganhar forma sob diferentes perspectivas, em que cada indivíduo o conecta a signos particulares. A leitura não possui o domínio sobre o "eu", atuando somente como um mecanismo de reativação das mensagens. Do mesmo modo, se processa o hipertexto, que nada mais é do que uma evolução do modo de organizar a leitura, redefinindo a cognição. A grande diferença é que as redes digitais alargam a agama de signos disponíveis, movimentando o texto e agilizando sua efemeridade. A saída, então, não é entender as vantagens e desvantagens do meio, mas seim procurar enxergar o que está além.

Nenhum comentário: